15 de abril de 2010

Os Animais e seus Homens




















De uma cultura que se restringia à criação de alguns animais, evoluímos para fazendas-indústria, onde animais crescem confinados, em tempo recorde, alimentados com hormônios e sem se movimentar.
Um olhar sobre as crueldades denunciadas nos abatedouros, circos, laboratórios e na indústria de peles, revela que algo parece ter dado errado na relação dos homens com os animais.


Senciência

Apesar de não fazerem uso da mesma linguagem e não terem o mesmo entendimento de mundo na sociedade que os cerca, os animais têm consciência do que está à sua volta e se importam com o que acontece a eles, quer os outros se importem ou não.
Esse conceito, definido pelo filósofo como “sujeitos-de-uma-vida”, é o que faz com que animais tenham direitos: sua senciência, a consciência de si mesmo e de estar no mundo, além do instinto de preservação de sua integridade.
Estar  vivo e ter a noção de si no ambiente não é vantagem dos humanos e considerar esse fato nas sociedades animais eleva a dignidade humana.

 
 “A mesma lógica que aplicarmos contra os interesses dos animais pode ser empregada contra nós, porque, quer queiramos ou não, também somos animais. Quando pensamos que eles têm um estatuto moral próprio, pensamos que nossa condição também o tem. Assim, ao invés de nos rebaixarmos, dignificamos nossa estatura moral.”, afirma a especialista em Bioética Sônia Felipe, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

 
Seu cachorro e sua comida
 “Quanto maior a distância das duas pontas da cadeia alimentar humana – o solo e a prateleira (dos supermercados, açougues e afins) – mais ignorantes somos em relação ao que comemos. “Michael Pollan

 
 Os animais usados como comida são desconhecidos da mente humana, especialmente a formatada nos centros urbanos. Mas as pessoas que têm animais em sua companhia acompanham a agonia e as alegrias desse animal no cotidiano. Feito isso, já não suportam a ideia de infligir a esse animal qualquer tipo de dano, dor ou sofrimento.
Esse processo alienatório extingue a culpa do consumo, pela diferenciação de que uma espécie tem mais valor do que outra, levando em conta sua utilidade ao ego humano. 

 
“Abraçar um tipo de animal e passar a faca no pedaço de carne de outro no seu prato, torna-se algo natural. Há uma distância enorme entre o que a mente produz, ao elaborar a percepção do animal como um ser vivo senciente, que precisa receber proteção e cuidados, e a percepção da carne, alimento propagado por muitos como bom e necessário para o organismo humano”, opina Sônia Felipe.

 
Leia o texto na íntegra em http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?option=com_content&task=view&id=2454&Itemid=51

Por Nathália Mota

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