24 de dezembro de 2012

A outra metade - O Manifesto de Loen sobre o Natal






TRADUÇÃO: ANNA CRISTINA REIS XAVIER; REVISÃO: ELIANA MOSER

Los patos y las palomas [Os patos e as pombas] y los cerdos y los corderos [e os porcos e os carneiros] ponen sus gotas de sangre [derramam suas gotas de sangue] debajo de las multiplicaciones; [embaixo das multiplicações;] y los terribles alaridos de las vacas estrujadas [e os terríveis gemidos das vacas esfoladas] llenan de dolor el valle [enchem de dor o vale] donde el Hudson se emborracha con aceite. [onde o Hudson se embebeda com óleo.] Yo denuncio a toda la gente [Eu denuncio todas as pessoas] que ignora la otra mitad, [que ignoram a outra metade,] la mitad irredimible [a metade irresgatável] que levanta sus montes de cemento [que levanta seus montes de cimento] donde laten los corazones [onde pulsam os corações] de los animalitos que se olvidan [dos animaizinhos esquecidos.] [...] Yo denuncio la conjura [Eu denuncio a conspiração] de estas desiertas oficinas [desses escritórios  solitários] que no radian las agonías, [que não mostram as angústias] que borran los programas de la selva, [que apagam os planos da selva,] y me ofrezco a ser comido [e me ofereço para ser comido] por las vacas estrujadas [pelas vacas esfoladas] cuando sus gritos llenan el valle [quando seus gritos enchem o vale] donde el Hudson se emborracha con aceite. [onde o Hudson se embebeda com óleo.] Federico Garcia Lorca

Nós, todos os animais

temos o dom mágico de sentir que existimos.
As pedras e as locomotivas, os tubérculos e os frutos não reconhecem a doçura do ar e do carinho da água, nem sentem a emoção de se aconchegarem uns nos outros.
Mas, para nós, os animais, a vida pode ser bela.

Logo será nossa festa ?

As guirlandas estão prontas, estão prontas as correntes, as facas, as gaiolas, os presentes. Em breve saborearemos mais ainda a alegria pelo fato de estarmos reunidos. Em breve os golpes e as facadas matarão mais do que normalmente. Os votos de "Paz na terra" e os “votos de felicidades" navegarão tranqüilamente sobre um mar de sangue ainda maior do que o habitual.
Muitos animais irão à grande festa: os vivos estarão em volta da mesa e os mortos, colocados no meio. Pois o mundo, como é dito, é feito de duas metades, uma nascida para reinar e a outra para morrer.

Feliz Natal, para quem ?

Haverá pinheiros, Papais Noéis super simpáticos, presépios com um boi e um menininho. O boi não sentirá o cheiro do pinheiro nem o da palha. Ele terá o fôlego rouco do animal que cai; a vida escapará por sua garganta cortada; e, em seguida, os Papais Noéis repartirão seus membros com as criancinhas.

Para quem
o Feliz Ano Novo ?

Em breve chegará o Reveillon, a noite dos 'bons vivants' com suas barrigas de cemitério.
Leitões que são amputados de seus rabos e de seus dentes, bezerros que são arrastados de joelhos para a derradeira viagem. Vocês, os mutilados, os prisioneiros, os asfixiados, os engordados à força, os eletrocutados, os estripados, a quem vocês se dirigem clamando piedade? Os 'bons vivants' com suas vozes melodiosas já cobrem seus gritos e ignoram seus lamentos. Eles falam de dons culinários e de forros de mesa rendados, eles celebram as talentosas mãos calosas (que seguram os facões, os funis, as redes) e o talento imenso de excitar as papilas gustativas cozinhando seres mortos. Ou você fala a língua deles ou você é um desmancha prazeres. Para fazer parte da família é necessário organizar...

... a comunhão
no sangue !

Natal ou Ano Novo sem perú, sem patê de fígado, sem salmão, sem caviar, sem ostras, sem leitão, sem mousse de pato, sem lagosta, sem chouriço, sem caviar... faltaria o essencial! Ter convidados e não oferecer carne, isso não se faz! Imagina, são nossos convidados, e devemos honrá-los, devemos provar-lhes nossa estima, mostrar como somos bons anfitriões!
Macabra comunhão paga com o preço de um sacrifício. Veja como te honro, imolei para você inúmeras vítimas! Somos seres iguais, dignos de ceifar as vidas daqueles que pertencem à outra metade.
Nesses tempos generosos, os mais pobres não serão esquecidos. Na França, são realizadas festas de reveillon humanitárias, e os pobres também receberão suas devidas partes de patê de fígado gordo. Depois serão mandados de volta para gelarem nas ruas, ungidos de dignidade.
La tierra toda el sol y el mar [A terra toda, o sol e o mar] Son para aquellos que han sabido, [são feitos para aqueles que sabem] Sentarse sobre los demàs. [passar por cima dos demais.] Me lo decía mi abuelito, [Isso é o que meu avô sempre me dizia] Me lo decía mi papà [e também meu pai.] Me lo dijeron muchas veces, [Me disseram tantas e tantas vezes,] Y lo he olvidado siempre màs. [e eu sempre ignore] José Agustin Goytisolo

E eu, qual o meu lugar

Eu que não tenho nem plumas, nem peles, nem espinhas... eu que sou, pela minha aparência, da raça dos sangradores. Como eu gostaria de agradá-los, como eu queria que eles me aceitassem, eu fingi acreditar na fábula das duas metades. Eu sabia, tanto quanto eles, saborear o gosto do assassínio e sabia rir espalhafatosamente dos cadáveres deliciosos. Mas, estar com eles custa muito caro.
Gostaria ainda assim que eles me amassem e gostaria de poder amá-los, mas vejo claramente que eles esmagam com sangue frio aqueles da outra metade, dos quais também faço parte. Nunca mais estarei do lado dos carcereiros. No dia da grande festa, se apenas existirem dois campos, escolherei o outro lado.
Tirem-me as vísceras como fazem com os esturjões ainda vivos. Explodem meu fígado, como o fazem com o dos patos. Arranquem meus testículos, como o fizeram com os outros animais que foram capados. Esquartejem-me, como fazem com as rãs. Fervam-me, como as lagostas são fervidas. Que dentes sorridentes coloquem minha carne em farrapos como aquela dos outros perus, bezerros, cordeiros e salmões.
É realmente necessário escolher entre o pior e o pior? Reunir-se aos supliciados que agonizarão abandonados de todos; ou bem aos assassinos que, risonhos, lambendo os beiços, apontam para o matadouro?
Não, não, não, não!

Eu denuncio

Denuncio a mediocridade e a covardia de desprezar os outros para assim se assegurar de sua própria importância. Denuncio o espírito comunitário que é construído tendo como base a exclusão. Podemos criar laços de formas diferentes, sem termos que ser cúmplices dos mesmos crimes. Esqueçamos o odioso mito do mundo dividido em duas metades, esqueçamos a sinistra máquina que fabrica a infelicidade.
Quero que existam, de verdade, os Papais Noéis gentis, a paz sobre a terra e a fraternidade. Que possa florescer o calor animal e a alegria de existir de porquinhos brincalhões, de patinhos amorosos e de seres humanos risonhos.
Para todos nós, os animais, a vida pode ser mais bela. Que, enfim, a verdadeira festa comece,

a festa sem sacrifício!



Por Nathália Mota

23 de dezembro de 2012

Peru de natal. De natal??



Não entendo o porquê de o brasileiro incorporar como suas as verdades dos outros. Desde quando a cultura e tradição de outros povos têm de obrigatoriamente fazer parte da nossa realidade? Ou não conseguimos por incompetência cultuar e exportar nossos valores e por isso importamos as tradições e as culturas de povos com realidades tão diferentes?

Peru de natal? Como é possível que ainda hoje as pessoas não tenham assimilado as mensagens de amor, paz e generosidade de Cristo? Será que os apelos das indústrias da morte são mais fortes que os do redentor? O ser humano ainda não entendeu que postar um cadáver no centro da sua Ceia natalina não tem nada a ver com o menino Jesus, ou pensa mesmo que Cristo gostaria que seu nascimento fosse lembrado e comemorado com tortura e morte? 

A grande maioria alega (induzidos pela mídia) que ter no centro de suas comemorações cadáveres dos perus que sofreram “o diabo” é uma tradição antiga e muito importante. O engraçado é que ninguém faz questão de afirmar o mesmo em relação a ter de assistir à missa do galo e ficar em jejum o dia inteiro até que a Ceia seja servida, pois sabem muito bem que isso ninguém faz questão de cumprir, ou seja, dois pesos e duas medidas! 

Os perus têm uma vida miserável, são criados amontoados, sem espaço para que possam abrir suas asas, caminhar, esticar as pernas, vivem sobre os seus excrementos e urina criando um gás de amônia que lhes queimam os olhos e os pulmões. A criação intensiva provoca inúmeras doenças nos animais. A carne de peru possui bactérias, antibióticos, hormônios e outras toxinas que podem causar sérios problemas na saúde humana.Muitos perus são alimentados com rações pré-fabricadas que costumam conter restos processados de outras aves, sem contar com o dano ambiental que as criações de animais geram. Nos matadouros são pendurados de cabeça para baixo em ganchos, são atordoados com banho eletrificado. Após o atordoamento têm suas gargantas cortadas e são mergulhados em água fervente, muitos ainda com vida, é isto, pergunto, que vai para sua Ceia de Natal comemorar o nascimento da vida? 

Como é possível que Cristo esteja presente numa mesa onde a dor e o sofrimento estejam cravados em uma noite tão especial e santa? Por que as pessoas não incorporam o verdadeiro sentido do natal com atitudes de benevolência e respeito também com as outras espécies? Afinal, Cristo não pregava o amor incondicional? 



O peru viveria uma média de 10 anos se não precisasse ser degolado para estar na tão aclamada mesa natalina, mas, infelizmente, e para o deleite das empresas que vivem à custa da morte dos animais, são eliminados de forma cruel de 12 a 26 semanas de vida. Milhares de perus são mortos no período de natal para festejar o nascimento de seu criador, que ironia! As empresas que introduziram e/ ou endossaram essa carnificina natalina agradecem penhoradamente! O mais intrigante é que apesar de incentivarem a manutenção do peru à mesa como algo muito importante a ser preservado para os festejos familiares, nunca soube de nenhuma empresa que doasse perus para as milhares de famílias carentes desse Brasil tão sem personalidade!



Vamos nos humanizar mais, ensinar a nossos amigos e as crianças o verdadeiro sentido do natal. Nossa mesa pode ser farta, bonita e colorida como nenhuma outra e muito mais saudável sem a carne de um pobre animal. Os perus são animais sociais, gostam de dançar e cantarolar, deixemos que vivam , afinal é um direito que lhes cabem tanto quanto ao boi, a vaca, aos porcos, aos cães , aos gatos , a nós etc. Garanto que a sua ceia terá mesmo a bênção do menino Jesus. Não existe tradição acima do bem e do mal, principalmente, quando maltrata e fere inocentes que não podem se defender.



Fontes:
www.vegetarianismo.com.br/natal/a verdade-por-trás-.html
www.accaoanimal.com/site/content/view/314/144

Por Nathalia Mota

Fogos de artifício X Animais



 Não há pior época para os animais que as festas de fim de ano, isso porque o pânico que os animais sentem com o barulho ensurdecedor dos fogos de artifícios é negligenciado pela grande maioria dos humanos, que esquecem que a audição dos animais, principalmente dos cães, é muito maior que a nossa!

Muitos animais fogem apavorados e acabam perdidos e/ou atropelados, outros na ânsia de se livrarem do intenso barulho terminam enforcados em suas próprias correntes, alguns animais têm convulsões, há ainda os que pulam das janelas de apartamentos, tamanho o pavor que sentem dos fogos. Não é difícil que um animal mude completamente seu comportamento após passar pela tortura de não ter como se livrar do intenso foguetório humano.

O pior de tudo é que nessas épocas, dificilmente se encontrará veterinários disponíveis para um atendimento emergencial, daí, o mais acertado é prevenir. Todos os anos, a Terapeuta Martha Follain, indica uma fórmula Floral para que todo o relato acima seja evitado, assim, pedi a mesma, autorização para repassar às pessoas mais sensíveis à fantástica fórmula, pois sem contra-indicação, nenhum mal poderá causar ao seu bichinho e ainda promoverá, certamente, a tranqüilidade de todos e a certeza de que seu animalzinho ficará muito mais sereno!

Cuidados com Fogos de Artifício

Os fogos são responsáveis por acidentes dos mais variados tipos, principalmente com cães. Natal, Ano Novo, Copa do Mundo, finais de campeonatos de futebol são ocasiões em que os animais mais se perdem de seus donos.
Todos os animais se assustam facilmente nas épocas festivas com o barulhos dos fogos e rojões. O pânico desorienta o animal, que tende a correr desesperado e sem destino.
Procure evitar tudo isso garantindo condições mínimas de segurança, evitando ambientes conturbados e barulhentos (desde antes do espocar dos fogos), passe-lhe paz e tranqüilidade, e a sensação de que tudo está bem e sob controle.

Os Perigos dos Fogos

- Fugas: tornando-se animais perdidos, atropelados e que vão provocar acidentes;
- Mortes: enforcando-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir; atirando-se de janelas; atravessando portas de vidro; batendo a cabeça contra paredes ou grades;
- Graves ferimentos: quando atingido ou sem saber abocanhando um rojão achando que é algum objeto para brincar;
- Traumas: com mudanças de temperamento para agressividade;
- Ataques: investidas contra os próprios donos e outras pessoas;
- Brigas: com outros animais com os quais convivem, inclusive;
- Mutilações: no desespero de fugir chegam a se mutilar ao tentar atravessar grades e portões;
- Convulsões (ataques epileptiformes);
- Morte e alteração do ciclo reprodutor dos animais da fauna silvestre;
- Afogamento em piscinas;
- Quedas de andares e alturas superiores;
- Aprisionamentos indesejados em porões e em lugares de difícil acesso;
- Paradas cardiorespiratórias etc..

Recomendações com os Animais

- Acomodar os animais dentro de casa, em lugar onde possam se sentir em segurança, com iluminação suave e se possível um radio ligado com música;
- Fechar portas e janelas para evitar fugas e suicídios;
- Dar alimentos leves, pois distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem matar (torção de estômago, por exemplo);
- Cobrir gaiolas de pássaros e checar cercados de animais (cabras, galinhas etc.);
- Cobertores pesados estendidos nas janelas abafam o som, assim como cobertores no chão ou um edredom sobre o animal;
- Não deixar muitos cães juntos, pois, excitados pelo barulho, brigam até a morte. Tente deixá-los em quartos separados, pois, na hora dos fogos, eles poderão morder-se uns aos outros, no desespero;
- Um pouco antes da meia-noite leve seu animal para perto da TV ou de um aparelho de som e aumente aos poucos o volume de tal forma que ele se distraia e se acostume com um som alto. Assim não ficará tão assustado com o barulho intenso e inesperado dos fogos;
- Procurar um veterinário para sedar os animais no caso de não poder colocá-los para dentro de casa. Animais acorrentados acabaram se enforcando em função do pânico;
- Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos que podem ser colocados minutos antes e tirados logo após os fogos;
- Assim como calmantes naturais que apresentam resultado bastante eficiente para os animais que historicamente apresentam o estresse.

Recomendações para com Gatos

- Escolha um quarto da casa que tenha uma cama e um armário, e prepare para ser o quarto dos gatos no réveillon.
- Abra um ou dois armários e coloque cobertores para forrar e formar tocas confortáveis;
- Desarrume a cama e coloque cobertores formando tocas; tocas embaixo da cama também são boas;
- Feche toda a janela, passe a cortina e, se possível, encoste um colchão na janela para abafar o barulho;
- Água, comida e caixinha de areia devem ficar distribuídos estrategicamente pelo quarto, sempre encostados na parede, para evitar serem derrubados e tudo acabar na maior sujeira;
- Tire qualquer coisa que possa ser derrubada, quebrada, derramada;
- Feche os gatos neste quarto a partir dos primeiros rojões e deixe-os lá. Deixá-los soltos aumenta o medo, a correria e o desespero, e eles acabam se enfiando em lugares como embaixo da máquina de lavar e da geladeira;
- Para quem mora em casa, com gatos que tem acesso à rua, recolha os gatos antes do pôr-do-sol e feche-os da mesma maneira. Na rua é mais perigoso, pois, quando se assustarem, podem se perder. Além disso, podem ser alvo de maus-tratos.

Florais de Bach

As essências abaixo, combinadas, funcionam bem tanto para cães quanto para gatos:
RESCUE + MIMULUS + ASPEN + ROCK ROSE + CHERRY PLUM
Mande fazer em qualquer farmácia de manipulação ou homeopática SEM ÁLCOOL NEM GLICERINA, e guarde na geladeira (dura todo o vidrinho, apesar de dizerem na farmácia que dura só 2 dias).
Dosagem:
- Para aves pequenas: 2 gotas da fórmula, 4 vezes ao dia, pode ser colocada no bebedouro;
- Para aves médias: 4 gotas da fórmula, 4 vezes ao dia, pode ser colocada no bebedouro;
- Para cães de pequeno e médio porte e gatos: 4 gotas da fórmula, 4 vezes ao dia, diretamente na boquinha;
- Para cães de grande porte e gigantes: 6 gotas, 4 vezes ao dia, diretamente na boquinha de seu amigão;
- Para cavalos ou animais de grande porte: 30 gotas, 4 vezes ao dia, no bebedouro.
Para se ter absoluto sucesso no tratamento, é interessante que se tenha continuidade no mesmo, não se esquecendo de ministrar as gotinhas regularmente. Aconselha-se a começar o tratamento, pelo menos, 5 dias antes do Natal e estendê-lo até o dia 3 de janeiro, já que algumas pessoas insistem em prolongar a barulheira!

Aromaterapia

Óleo essencial de Manjerona: coloque 5 gotas em 100 ml de álcool num borrifador e, borrife os cômodos da casa (cuidado com o chão e móveis) 3 vezes ao dia, no dia da festa.
Além disso, você pode pingar 2 gotinhas na caminha do animal à tardinha. No horário do foguetório, coloque 2 gotinhas na caminha do animal ou onde ele fica - no caso de aves, passar um pano no fundo da gaiola com o óleo e o álcool. Em animais maiores pingar 5 gotinhas na baia, etc.
Se em sua cidade, você não encontrar o óleo essencial de manjerona, pode usar o óleo essencial de lavanda francesa - mesmas indicações.
Importante: Procure uma boa loja de produtos naturais, ou farmácia de manipulação ou farmácia homeopática - compre óleos essenciais naturais. Os sintéticos, além de não provocarem o efeito desejado, ainda podem causar alergias respiratórias.
Em países da Europa só é permitido soltar fogos em áreas previamente estabelecidas para não prejudicar a fauna. Prevenir é o ideal, pois são poucos os veterinários disponíveis no primeiro dia do ano.


Por Nathalia Mota

20 de dezembro de 2012

Servindo a indústria do colesterol, com muito sofrimento



 O leite não favorece nem aos animais e nem a você, consumidor. Aquele papo de sua avó que leite é bom pra saúde está mais ultrapassado que as vestimentas dela. Dizem que o leite faz bem para evitar a osteoporose, mas sua composição na verdade ajuda a perda da absorção do cálcio.
Um copo desse líquido possui 0,051 L de colesterol, 16 g de gordura e 300 calorias. Há um desfavorecimento muito expressivo que o leite causa a saúde,porém ainda muitos acreditam que o produto faz bem. Quem assistir o vídeo do Dr. Lair Ribeiro poderá conferir essas desvantagens.

Os animais são mais desfavorecidos ainda! Em alguns locais de produção leiteira inescrupulosos, as vacas devem ficar prenhas várias vezes seguidas. Isso diminui a expectativa de vida delas de 25 anos a 6 anos. Quando ela está dando a luz, o bezerro é retirado imediatamente dela.

Como um animal de instintos, a vaca fica angustiada, mugindo desesperada dias procurando por seu filhote. O recém-nascido, retirado de sua mãe, é morto e vira vitelo. Qual a vantagem tem-se na morte de um bezerro recém nascido, em uma vaca angustiada por sua cria perdida, e em você consumidor, em danificar seu organismo?
 

Deixo aqui um conceito a se pensar, e fica uma sugestão para que todos que sejam responsáveis pelo que consomem. A educação, o respeito e a virtude começa em sua boca: pois está no que você fala e no que você alimenta. Se seu coração presa o afeto pelo seus próximos, respeite os apelos e instintos da natureza e de todos os animais.


texto por Flavia Maria de Toledo
postado por Nathalia Mota
Fonte

16 de dezembro de 2012

O Natal Animal está no ar e você já pode ajudar



Não esqueça dos seus amigos que não falam português! 
Criado e cuidadosamente coordenado pelo casal vegano Cláudia e Bruno, que moram em Cotia-SP, o Natal Animal está novamente no ar. Como todo ano, o site traz emocionantes histórias de animais resgatados das ruas ou matadouros e dar o usuário a chance de participar na melhora da vida desses animais.
O Natal Animal é inspirado nas tradicionais “sacolinhas de Natal”. Através do projeto, animais necessitados receberão vários presentes. Colabore!


Por Nathalia Mota

15 de dezembro de 2012

Como substituir ingredientes de origem animal por ingredientes veganos



Pense sempre no sabor do seu prato e qual a função do substituto, dar liga, fazer crescer…

PINCELAR MASSA:
1 - Diluir em água açafrão e pincelar
2 - Colocar por cima um pouco de oleaginosas (nozes, castanhas) de manteiga vegetal
3 - Diluir shoyu com água e pincelar.
4 - Diluir molho de tomate e pincelar.

LINHAÇA
Bate as sementes no processador de alimentos até virar pó. É tão fácil que não vale a pena guardar. Quando precisar, tritura uma ou duas colheres, acrescenta 2 ou 4 colheres cheias de água e deixe repousar por 15 ou 20 minutos. Junte uma colher de chá de leite de soja em pó e tem um verdadeiro substituto d´ovo. Usar em: panquecas, bolinhos, biscoitos, e bolos.

Polvilho azedo:
Dissolver 1 chávena de polvilho azedo em uma tigela com água. Agora basta colocar na panela e ir mexendo. Vá controlando, até que atinja o ponto de clara de ovo.

PARA BOLOS DE TABULEIROS
Troco um ovo por:
2 colheres de sopa de leite vegetal
¼ de colher de chá de fermento em pó.

Troco a manteiga por:
o mesmo peso em óleo vegetal: de arroz, de girassol ou de milho.

BOLOS:
Trocar um ovo por:
2 colheres de chá de fermento em pó
3 colheres de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de vinagre de cidra
Preparação:
1 - Misture tudo muito bem
2 - Dose para cada ovo indicado na receita

MAIS  BOLOS:
Troco cada ovo por:
2 colheres de sopa de leite vegetal, (soja, aveia ou arroz)
½ colher de sumo de limão
½ colher de bicarbonato de sódio.

PARA BOLOS DE FRUTAS:
Troco um ovo por:
1 colher de chá de araruta,
1 colher de sopa de farinha de soja,
2 colheres de sopa de água.

TOFU:
30 g de tofu
¼ de chávena de chá de sumo de maçã
2 Colheres de sopa de araruta
1 banana pequena·

Preparação:
1 - Coloque o tofu, banana, a araruta e o sumo da maçã no processador
2 - Bata até obter uma massa homogénea
3 – Dose para cada ovo indicado na receita.

POLME ou PANAR:
1 Colher de sopa de maizena ou farinha de soja fica ao seu critério
2 colheres de sopa de água
Preparação
1 - Diluir muito bem
2 - Utilizar no lugar do ovo
3 - Ou simplesmente ignore que o polme leva ovo.

Dicas DIVERSAS:
• 1 clara de ovo = 1 colher de sopa de ágar-ágar em pó, dissolva em 1 colher de sopa de água:  bata bem, deixe esfriar no frigorifico e bata novamente.
• 1 ovo = 1 banana pequena verde cozida e triturada = biomassa.
• 1 ovo = 1 colher (sopa) de semente de linhaça em pó misturada a 3 colheres de sopa de água (deixe em fogo baixo até quase ferver). Excelente adição de ómega 3 à sua receita.
• 1 ovo = banana madura amassada (receitas doces) (normalmente é mais ou menos uma colher cheia para cada ovo),
• 1 ovo = ¼ chávena de ameixa seca amassada
• 1 ovo = 1 colher de sopa de óleo e 1 de sumo de maça,
• 1 ovo = baba de quiabo,
• 1 ovo = Farinha de rosca,
• 1 ovo = 2 colheres de sopa leite vegetal + ½ colher de chá de limão...
• 1 ovo = 2 colheres de sopa de amido de batata (óptimo para dar liga)
• 1 ovo = ¼ chávena de puré de maçã (óptimo para doce)
• 1 ovo = 1 colher de sobremesa de lecitina de soja com + 1 colher de sobremesa de água,
• 1 ovo = 1 banana amassada: também (óptimo para doces). Adicione ½  colher de chá de fermento para obter uma textura mais fina
• 1 ovo = 2 colheres de sopa de água + 1 colher de sopa de azeite + 2 colheres de chá de fermento
• 1 ovo = ¼ chávena de puré de batatas (óptimo para dar liga).

Fonte
Por Nathalia Mota

1 de dezembro de 2012

Vídeo "Faça história, seja vegano"



Por Nathalia Mota

18 de novembro de 2012

Oficina de Capacitação - VEDDAS

Sorocaba e região, compareçam!

Por Alex Peguinelli

7 de novembro de 2012

A Engrenagem: um novo documentário



Idealizado por um ex-grande empresário da pecuária que se tornou vegetariano e ativista social, o curta “A Engrenagem” é uma peça única dentro das ferramentas de maior impacto na divulgação da filosofia de vida vegana. Muito bem produzido e com a participação voluntária do ator Eduardo Pires e da apresentadora Ellen Jabour, “A Engrenagem” promete abalar as estruturas da tal engrenagem, espalhando informações concisas e fundamentais sobre o consumo de produtos de origem animal.

O roteiro de Denise Tavares Gonçalves, a mesma que escreveu o “A Carne é Fraca”, grande sucesso do Instituto Nina Rosa, merece destaque dentro da obra. O texto de Denise realmente faz do “A Engrenagem” um documentário pequeno, completo e necessário.

Sinopse
A discussão sobre o veganismo e seus benefícios ao meio ambiente e ao futuro é extensa e muito mais complexa do que simplesmente parar de comer carne. Envolve a diminuição da poluição atmosférica, a preservação de recursos vegetais e hídricos, e muitas outras questões.
Numa linguagem descontraída, o filme tem a participação voluntária da modelo e apresentadora Ellen Jabour e do ator Eduardo Pires, ambos vegetarianos, e tem o objetivo de alertar e levantar algumas questões como “Você já se perguntou de onde vem nossa comida? Quais os impactos que ela nos traz?”. A Engrenagem responde.

Assista ao filme




Fonte
Por Nathalia Mota

4 de novembro de 2012

FARO: Grupo de advogados e outros cidadãos pretende proibir rodeios em todo o país e você pode fazer parte disto


A FARO (Frente Abolicionista de Rodeios) nasceu no Rio de Janeiro mas precisa da sua ajuda para estar em todo o Brasil

Em 2009, em mais um sábado de atividades de uma Barraquinha vegana, na zona sul do Rio de Janeiro, em meio as ebulições do Festival Vegano Internacional, um grupo de ativistas se reuniu para fazer dar forma uma organização que pudesse, de modo contínuo e multimodal, contribuir com a proibição de atividades de rodeio e congêneres em todo o território nacional.

Isto porque, em 2006, uma de suas ativistas havia entrado com Representação junto ao MPF, anexando diversos meios de prova obtidos durante a ida do grupo ao Parque Ana Dantas, onde se realizavam vaquejadas.

Tal ato, somando-se a novos meios de prova produzidos pela mesma advogada, durante a vaquejada de 2009, contribuiu para que o juiz federal que apreciava a respectiva Ação Civil Pública determinasse, em Sentença, a proibição da realização de vaquejadas naquele Parque.

Hoje, a Frente Abolicionista de ROdeios – FARO, é responsável por três ações judiciais. Duas delas com a obtenção de liminares proibitivas de atividades de rodeios e congêneres: a primeira em face do Rodeio de Volta Redonda, hoje proibido por Lei e, as duas últimas, para proibir rodeios e congêneres em Seropédica.

Uma delas foi responsável pela proibição do último rodeio lá ocorrido, qual seja, durante a XVI Exposeropédica. Ativistas pelos direitos animais da FARO-RJ, unidos com integrantes do Grupoo Katumbaia, da UFRRJ, já estavam há anos produzindo meios de prova nas atividades anteriores, fornecendo precioso material para que a Diretoria Jurídica da FARO-RJ, um de seus pontos fortes, pudesse agir. Esta, formada por advogados veganos, realiza suas atividades no Escritório de Advocacia Gomes & Mello Frota, no Rio de Janeiro.

O pedido liminar da última Ação foi deferido pela Juíza da 10ª Vara de Fazenda Pública da Capital, Drª Simone Lopes da Costa, conforme se vê abaixo:

Decisão
Trata-se de ação popular proposta em face do Exmo. Sr. Prefeito do Município de Seropédica, da Exma. Sra. Presidente do Instituto Estadual do Ambiente – INEA e da empresa organizadora do evento, onde requer, no mérito e liminarmente, a não ocorrência de atividades de rodeio e congêneres durante a XVI EXPO SEROPÉDICA 2012, em virtude de maus-tratos a que são submetidos os animais utilizados, bem como não possuir autorização dos órgãos competentes para tanto. A inicial veio instruída pelos documentos de fls. 43/64.
No juízo de cognição sumária, entendo que estão presentes os requisitos autorizadores da liminar requerida, senão vejamos. O fumus boni iuris é retirado da ausência de preenchimento de requisitos legais, em especial da ausência de licença para a realização do Rodeio, nos termos da Lei nº 10.519/2002, bem como os fortes indícios de maus tratos a que os animais são submetidos, como é cediço nos eventos de natureza similar, o que deve ser refutado pelo Poder Judiciário, ante a possível perpetração de crime ambiental, nos termos dos artigos 32 e 60 da Lei 9.605/98.
O periculum in mora também resta evidente diante da iminência da realização do Rodeio que se inicia no dia 10.10.2012, e também da irreversibilidade da ocorrência de eventuais maus tratos dos animais que dele participarem. Ante todo o exposto, defiro a liminar requerida pelo autor para determinar a não realização por parte do Município de Seropédica de atividades de rodeio e congêneres durante a festa XVI EXPO SEROPÉDICA 2012, noticiado nos meios de comunicação locais (fls. 49 e 58), programado para os dias 10 a 14 de outubro do corrente ano, bem como se abstenha de promover quaisquer outros da mesma natureza, sob pena de multa no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por evento realizado.
Outrossim, fixo, ainda, multa no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) por cada violação às normas da Lei nº 10.519/2002 e da Lei 9.605/98. Citem-se e intimem-se. Oficie-se à Prefeitura de Seropédica e ao Batalhão da Polícia Florestal competente, comunicando-se a presente ordem.

A decisão acima foi agravada pelos procuradores do Município de Seropédica, em sede de Plantão Judicial, mas foi negado provimento ao recurso e a decisão liminar foi mantida.

Entretanto, a decisão judicial foi descumprida pelos organizadores do evento e atividades de rodeio e congêneres foram ilegalmente realizadas.
Ademais, ativistas da FARO -RJ (Frente Abolicionista de Rodeios do Rio de Janeiro) e do grupo Katumbaia, formado por estudantes da UFRRJ, foram ao local e colheram materiais no citado evento, como maus-tratos em face dos animais e a desobediência da decisão judicial.

A FARO-RJ já está preparando uma nova Ação Judicial. Por motivos de segurança, essa informação só poderá ser fornecida posteriormente.

Participe, de qualquer lugar do Brasil

O objetivo da FARO é o fortalecimento de sua organização em cada núcleo do Brasil onde se realizem atividades de rodeios, vaquejadas, cavalhadas, horse shows etc. Para isto, basta reunir um grupo de voluntários, organizarem uma agenda de planejamento, monitorando os rodeios locais e organizarem-se em pequenos grupos, para a ida ao local dos eventos, a fim de produção dos meios de prova, quais sejam, fotos, vídeos, anotação de números de placas de veículos, nome de pessoas responsáveis e tudo o mais que possa favorecer a feitura de uma Ação Judicial.

A FARO está em vias de se tornar uma Oscip e, com isso, os Ativistas irão contar com uma melhor estrutura e efetividade.

Para conhecer melhor a FARO, tirar dúvidas e, claro, participar, envie e-mail para frenteabolicionistaderodeios@gmail.com.

No Facebook: www.facebook.com/faro.frenteabolicionista

Fonte: ViSta-se

Por Alex Peguinelli 

28 de outubro de 2012

É ambientalista, mas come carne?


Um conjunto de fatos sobre o desmatamento e o consumo de carne e outros produtos de origem animal

Por Thiago Fonseca | Comer não é só uma questão de matar a fome. A decisão sobre que comida colocar no prato tem implicações econômicas, ambientais, éticas, culturais, fisiológicas, filosóficas, históricas, religiosas. Neste texto, abordaremos as implicações ambientais da decisão de comer carne.

Se todos fossem vegetarianos, é provável que não houvesse tanta fome no mundo. É que os rebanhos consomem boa parte dos recursos da Terra. Uma vaca, num único gole, bebe até 2 litros de água. Num dia, consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43.000 litros de água. Já um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água.

Sem falar que damos grande parte dos vegetais que produzimos aos animais. Um terço dos grãos produzidos no mundo vira comida de vaca. No Brasil, o gado quase não come grãos – graças ao clima, é criado solto e se alimenta de grama. Mas boa parte da nossa produção de soja, uma das maiores do mundo, é exportada para ser dada ao gado que está lá. Outra questão é que a pecuária bovina estimula a monocultura de grãos. Num mundo vegetariano, haveria lavouras mais diversificadas e teríamos muito mais recursos para combater a fome.

E não se trata só de comida. A pecuária esgota o planeta de outras formas. “Para começar, ocupa um quarto da área terrestre e não para de se expandir”, diz o ativista vegetariano Jeremy Rifkin. A pressão para a derrubada das florestas, inclusive a amazônica, vem em grande parte da necessidade de pasto. Entre os danos ambientais causados pelo gado, está também o aquecimento global.

As pessoas deveriam considerar comer menos carne como uma forma de combater o aquecimento global, segundo o principal cientista climático da Organização das Nações Unidas (ONU). Números da ONU sugerem que a produção de carne lança mais gases do efeito estufa na atmosfera do que o setor do transporte.

A Organização da ONU para Agricultura e Alimentos (FAO) estima que as emissões diretas da produção de carne correspondem a 18% do total mundial de emissões de gases do efeito estufa. Esse número inclui gases do efeito estufa liberados em todas as etapas do ciclo de produção da carne – abertura de pastos em florestas, fabricação e transporte de fertilizantes, queima de combustíveis fósseis em veículos de fazendas e emissões físicas de gado e rebanho. O transporte, em contraste, responde por apenas 13% da pegada de gases da humanidade, segundo o IPCC.

Pesquisas mostram que as pessoas estão ansiosas sobre suas pegadas de carbono e reduzindo as jornadas de carro, por exemplo, mas elas talvez não percebam que mudar o que está em seu prato pode ter um efeito ainda maior.

Parar de comer carne sempre foi a bandeira dos vegetarianos. Suas razões eram principalmente a saúde humana e os direitos dos animais. Hoje, o foco mudou. “Agora o meio ambiente pesa na decisão de não comer carne”, diz o biólogo Sérgio Greif, da Sociedade Vegetariana Brasileira.

Um dos mais expoentes adeptos da campanha por menos carne e mais florestas é o biólogo americano Edward Wilson, da Universidade Harvard. Segundo ele, só será possível alimentar a população mundial no fim do século se todos forem vegetarianos. “O raciocínio é matemático”, diz Greif. A produção de grãos de uma fazenda com 100 hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho. Se a produção dessa área for usada para ração bovina ou pasto, a carne produzida alimentaria o equivalente a oito pessoas. A criação de frangos e porcos também afeta as florestas. Para alimentá-los, é necessário derrubar árvores para plantar soja e produzir ração. Mas, na relação custo-benefício entre espaço, recursos naturais e ganho calórico, o boi é o pior.

O gado tem sido considerado o grande vilão da Amazônia. Hoje, o Brasil mantém 195 milhões de bovinos. Há mais bois que pessoas. Cerca de 35% desse rebanho está na Amazônia. Para alimentar o gado, os pecuaristas desmataram uma área de 550 quilômetros quadrados, o equivalente ao estado de Minas Gerais. Criados livres no campo, sem ração, os bois precisam todo ano de novas áreas derrubadas para a formação de pasto.

A pecuária na região está ligada à ocupação irregular de terras públicas. As terras da região pertencem ao Estado e em sua maioria foram tomadas na forma de posse. “Sem ter de pagar pela terra, fica mais barato produzir lá que no Sul e no Sudeste”, diz Paulo Barreto, do Imazon. Para comprovar a posse da área tomada, o fazendeiro precisa mostrar que a terra é produtiva. “Para isso também servem os bois”, afirma Barreto.

Resultado de cinco meses de trabalho, os números de um estudo coordenado por Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Roberto Smeraldi, da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, mostram que, em 2005, a emissão de gases-estufa (GEE) da pecuária representou 48% do total brasileiro. A atividade emitiu 1,055 bilhão de toneladas de GEE sobre 2,203 bilhões do total nacional, número do tão esperado inventário brasileiro de emissões, divulgado só recentemente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

“A diferença desse estudo em relação às abordagens estatísticas tradicionais é que elas dividem as emissões por categorias, e nossa abordagem é pela cadeia de um produto específico”, explicou Smeraldi. “Então ela é transversal, porque envolve uso da terra e fermentação entérica (basicamente, arroto de boi e vaca), por exemplo, processos que estão separados no inventário.”

Um quilo de carne industrializada significa 300 quilos de gás-estufa emitido, e esses 300 kg custam R$ 10 no mercado de carbono. Assim, é a primeira vez que a chamada “pegada de carbono” de um produto específico, no caso a carne bovina, é calculado. Pegada de carbono é a quantidade de gás-estufa liberada direta ou indiretamente por uma certa atividade. “O interessante desses dados é que eles podem começar a traduzir toda a situação para o consumidor, a dona de casa, o investidor”, comentou Smeraldi.

“Essa é a diferença de ter números sobre categorias e números sobre produtos: 1 quilo de carne industrializada significa 300 quilos de gás-estufa emitido, e esses 300 kg custam R$ 10 no mercado de carbono. É mais do que o custo da própria carne por quilo no atacado (o kg do dianteiro custa R$ 3,60; do traseiro, R$ 5,90)”, disse o especialista.

Como investidor eu posso raciocinar que, se a carne tivesse que pagar o CO2 que emite, ficaria inviável. Por outro lado, se seguir boas práticas, posso reduzir uma barbaridade essa emissão e vender o CO2 poupado no mercado de emissões por um preço superior ao da carne. Frigorífico pode fazer mais dinheiro vendendo redução de carbono do que vendendo a própria carne.”

No topo absoluto da cadeia alimentar, os seres humanos se dão ao luxo de comer de tudo, mas a um preço elevado: a pesca maciça está levando as espécies marinhas à extinção, e a piscicultura polui a água, o solo e a atmosfera – o que precisa fazer com que mudemos de hábitos. Alimentar a humanidade – nove bilhões de indivíduos até 2050, segundo as previsões da ONU – exigirá uma adaptação de nosso comportamento.
Mesmo que seja fonte essencial de proteínas, a carne bovina não é “rentável” do ponto de vista alimentar: são necessárias três calorias vegetais para produzir uma caloria de carne de ave, sete para uma caloria de porco e nove para uma caloria bovina. Dessa maneira, mais de um terço (37%) da produção mundial de cereais serve para alimentar o gado – 56% nos países ricos – segundo o World Ressources Institute.

Seria o caso, então, de reduzir o consumo de carne e substituí-lo pelo peixe? Os oceanos não podem ser considerados uma despensa inesgotável, estimou Philippe Cury, diretor de pesquisas do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento (IRD). O número de pescadores é duas a três vezes superior à capacidade de reconstituição das espécies. No atual ritmo, a totalidade das “espécies comerciais” haverá desaparecido em 2050.

A agricultura, particularmente produtos de carne e laticínios, é responsável pelo consumo de cerca de 70% da água doce do mundo, 38% do uso de terra e 19% das emissões de gases estufa. Espera-se que os impactos da agricultura cresçam substancialmente devido ao crescimento da população e o crescimento do consumo de produtos animais. Ao contrário dos combustíveis fósseis, é difícil produzir alternativas: as pessoas têm que comer. Uma redução substancial de impactos somente seria possível com uma mudança de dieta, eliminando produtos animais.

Um painel de especialistas categorizou produtos, recursos e atividades econômicas e de transporte de acordo com seus impactos ambientais. A agricultura se equiparou com o consumo de combustível fóssil porque ambos crescem rapidamente com o maior crescimento econômico. O professor Edgar Hertwich, principal autor do relatório, disse: “Produtos animais causam mais dano que produzir minerais de construção como areia e cimento, plásticos e metais. Biomassa e plantações para animais causam tanto dano quanto queimar combustíveis fósseis.”

A diminuição do consumo de carne e leite em todo o mundo levaria, até 2055, a uma redução de 80% das emissões de gases que agravam o efeito estufa no setor agropecuário. A conclusão é de um estudo divulgado pelo Instituto de Estudos das Mudanças Climáticas de Potsdam, na Alemanha.

O coordenador do estudo, Alexander Popp, afirma que “a carne e o leite podem realmente fazer a diferença”. A explicação, segundo ele, é que uma redução no consumo desses itens levaria a uma queda nas emissões de dois dos gases que mais agravam o aquecimento: o metano e o óxido de nitrogênio. Esses gases são lançados na atmosfera durante a fertilização dos campos agrícolas e na produção de ração para alimentar vacas, ovelhas e cabras, entre outros animais.

Dito isso, fica a pergunta: o que você quer fazer com o planeta? Cuidar dele ou devorá-lo?

REFERÊNCIAS
http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteudo_120220.shtml
http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/09/07/ult4909u5467.jhtm
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EDG77074-6010,00.html
http://terramagazine.terra.com.br/blogdaamazonia/blog/2009/12/10/metade-das-emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-do-brasil-vem-da-pecuaria/
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4281337-EI294,00-Terra+e+incapaz+de+acompanhar+ritmo+atual+de+consumo+de+carnes+e+pescado.html
http://www.guardian.co.uk/environment/2010/jun/02/un-report-meat-free-diet
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,emissoes-estao-ligadas-a-consumo-de-carne-e-leite,573630,0.htm
http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/report/2011/11-08-26_An%C3%A1lise%20do%20aumento%20do%20desmatamento%20no%20MT.pdf

Por Nathália Mota

22 de outubro de 2012

O que é um VEGANO?




Veganismo é uma opção de vida de pessoas que por razões éticas (relacionadas ao respeito aos direitos animais) prescindem do uso de qualquer produto de origem animal na sua vida cotidiana.
Simplificando: Um vegano é uma pessoa que não apenas diz que ama os animais.

O que um vegano não faz:
* Um vegano não come nenhum produto de origem animal. Sim, isso inclui frango, peixe, leite, ovos, gelatina, cochonilha (Você sabia que usam esses insetos na sua comida?)…
* Um vegano não usa roupas feitas com couro, peles, lã, seda…
* Um vegano busca boicotar empresas que façam testes com animais.
* Um vegano não vai a circos, zoológico, touradas, rodeios ou qualquer forma de entretenimento que utilize animais.
* Um vegano não compra animais de estimação, afinal, amigos não se compram.

O que um vegano não é:
* Como os direitos animais são uma evolução dos direitos humanos, um vegano não é racista, machista, xenófobo ou homofóbico.
* Um vegano não é um hippie natureba.
* Um vegano não é um neurótico por saúde que fica contando calorias. Veganos não estão “de dieta”.
* Um vegano não é uma pessoa desequilibrada que busca utlizar os animais por ter péssimas relações com outros humanos.

Mas afinal o que os veganos são?
* Os veganos são advogados, médicos, filósofos, antropólogos, biólogos, físicos, engenheiros, designers, estudantes, desempregados, empresários…
* Os veganos são pessoas pacíficas, pois defendem os Direitos Humanos, assim como os Direitos Animais.
* Os veganos podem ter qualquer religião, qualquer credo, qualquer orientação sexual, qualquer estilo.
* Os veganos, assim como você, são pessoas muito preocupadas com o aquecimento global, com a violência, com a pobreza, com a falta de empregos e com as crianças de rua.

E o que eles podem fazer?
* Veganos podem comer todos os alimentos de origem vegetal – cereais, frutas, legumes e verduras – e cogumelos.
* Veganos podem comer fast-food, tomar refrí, comprar alimentos industrializados ou mesmo transgênicos. Mas, é claro, veganos adoram discutir essas questões e sempre têm uma opinião formada.
* Veganos podem beber! Ah, a não ser aquela tequila com vermes.
* Veganos podem fazer sexo. (E com uma vantagem: a super dieta afrodisíaca vegana).
* Veganos podem ir ao cinema, ao teatro, a parques, museus…
* Veganos podem adotar animais, devem esterilizá-los e dar a eles muito amor e proteção.

Por que devo ser vegano?
A decisão de se tornar vegano não precisa ocorrer da noite para o dia (é ótimo quando ocorre): ela pode começar com uma possibilidade, ir amadurecendo e enfim se concretizar.
Se quero assumir uma postura de respeito aos animais, não há outro caminho. Assim, a decisão de se tornar vegano começa com uma tomada de consciência: é moralmente errado explorar os animais (independentemente de se com ou sem dor).
Tornamo-nos veganos quando nos damos conta de que é errado pensar e agir como se os animais fossem nossa propriedade. Onde se legitimaria esse pressuposto de que animais são produtos a nosso dispor?
Devo ser vegano se entender que é uma obrigação moral não usar os animais, sendo assim o veganismo a única opção ética de quem se deu conta de que os animais não nos pertencem.

Uma pequena introdução aos Direitos Animais:
* Animais não-humanos também sentem dor, possuindo todos os mecanismos biológicos para tanto e a expressam de forma muito
* Animais não-humanos sentem stress da mesma forma que nós quando privados de sua liberdade, e em geral, animais em seu meio ambiente necessitam de grandes espaços para se locomover, caçar, voar, nadar, montar tocas e criar suas famílias.
* Animais não-humanos também gostam de conforto.
* Grande parte dos animais não-humanos também possuem famílias, e muitos dão tanto valor à estas quanto nós. A privação decorrente da separação de mães e filhos é extremamente dolorosa para eles.
* Animais também gostam de trabalhar e são extremamente engenhosos, basta ver o joão-de-barro, as formigas e o incrível trabalho do castor.
* Animais também gostam de se comunicar. Apesar de não compreendermos, a comunicação não é feita apenas pela linguagem humana. Golfinhos são capazes de dar nomes à seus semelhantes.
* Animais também gostam de pensar e de jogar. Para os animais carnívoros, a caça é um jogo que os une. Porcos são capazes de operar joysticks. Gorilas e chimpanzes são capazes de se comunicar via linguagem de sinais.
* Animais também dão valor às suas vidas e são capazes de sofrer e lutar muito para mantê-las.
* Animais também são capazes de amar.

Fonte:
www.gaepoa.org/site/index.php?m=Materia&id=6
www.gaepoa.org/site/index.php?m=Materia&id=7
www.poramoraosanimais.blog.terra.com.br
—–
Primeiros passos: www.SejaVegano.com.br


Por Nathalia Mota

11 de outubro de 2012

Por causa do seu queijo: “A separação de uma vaca e seu filhote”



Sem cenas de violência física, o vídeo choca quem tem compaixão

Rotina nas fazendas de leite, a separação entre mãe e bebê é um dos momentos mais chocantes para todos que puderam presenciar a cena. Mesmo quem vive deste mercado, fazendeiros e veterinários da área, afirmam, em sua maioria, que o momento é realmente muito triste. Muitos relatam que a vaca fica chamando por seu filhote por até 20 dias, extremamente triste.

Nos ajude a acabar com isso

Por favor, considere não financiar mais este mercado. Conheça os problemas do consumo de laticínios emwww.vista-se.com.br/leite e aprenda os primeiros passos para uma vida vegana em www.sejavegano.com.br .

Vídeo com legendas – clique em “CC” | Youtube 



Fonte
Por Nathalia Mota

7 de outubro de 2012

‘Candidatos pelos animais’: saiba em quem (não) votar



Não, não preciso dizer que esta é a eleições com o maior número de candidatos ‘pelos animais’ que já vi. Entre idealistas e picaretas, vários são os que aparecem no santinho de papel, ou eletrônico, abraçados a um cachorro. Claro, ninguém abraçaria um porco, uma conchonilha ou uma galinha. Iria provocar risos entre a patuléia, a mesma que é obrigada a apresentar documento e apertar uns botões em uma urna. Ganha um feriado, e assim se faz uma democracia, em tese.
O fato é que um expressivo número de franco-atiradores, digo, candidatos, descobriram o nicho ‘animais’ – e, obviamente, não falo do setor pecuarista, que já descobriu há muito o nicho ‘animais’, mas com um sabor diferente, digamos. Há ativistas, protetores/socorristas, vegetarianos e veganos que tornaram pública sua afinidade com os não-humanos com intenção de ganhar simpatia do eleitorado, essa massa disforme que muitas vezes age como lemingues, outras vezes como corais, búfalos ou formigas, e outras vezes como nenhuma das opções anteriores.
No Brasil é obrigatório votar, exceto as exceções, então quem está dentro da causa animal terá um leque de opções vinculadas a seu pensamento para saber em quem depositar seu voto. Este é um farsante? Aquele já fez projeto contra os animais, e agora vi no Facebook uma foto dele com cachorro? Aquela tem trajetória reconhecida na causa, esta é mais ou menos? Que todos tenhamos interesse em descobrir essas respostas, pois serão quatro anos, desdobráveis em outros, com alguém ajudando na defesa, ou ajudando a dinamitar nossas já frágeis estruturas de defesa dos animais não-humanos.
O ‘candidato conversinha’.
Quer dizer, é necessário dar uma peneirada geral, uma pesquisada básica – Google não tem taxímetro – e mesmo o diálogo com outros interessados, para não dar um voto a um oportunista ‘dos bichinhos’ e, ao mesmo tempo, deixar de votar em alguém que tem o culhão necessário para adentrar na política, sabendo que lá dentro a briga é de foice afiada.
Porque também não podemos cair no mantra boca-suja de dizer ‘odeio política’. Quem odeia política deve se mudar para a Lua ou para Marte, pois mesmo no meio do mato a política lhe alcançará no dia a dia. Política não é o ‘horário eleitoral’ na televisão, como já ouvi de alguns eternos desinformados. Não podemos ser ingênuos. O que vestimos, por onde andamos, nossas ‘escolhas’, dinheiro, saúde, segurança, calçada suja, carroça, ‘tadinhas das crianças passando fome’, tudo está debaixo desse guarda-chuva chamado política. Que não se resume ‘àquela roubalheira lá em Brasília’, nem em ‘odeio PT’ ou ‘odeio quem odeia o PT’.
Não podemos ser tão simplórios na maneira de ver, pois há quem realmente faz, fez e/ou fará ações dignas em prol dos animais, quais sejam. Ainda há muito o que fazer, e parece até clichê dizer que é o povo quem escolhe seus líderes – embora às vezes o cenário político pareça uma novela, que conta conosco como meros telespectadores. Ressalto, pois ouço gente dizer que está farto da política, como se fosse um corpo vivo à parte, e não um acordo entre todos. Se há problemas, revejamos esse acordo, ou pensemos porque a maioria tende à apatia moral, à bundamolice ideológica, ao conformismo de quem se abstém de ajudar a preparar o bolo que, lá adiante, terá que comer também.
O voto pelas minorias humanos tem se solidificado no Legislativo. Falta agora botar, ‘lá dentro’, gente raçuda que vai afiar sua foice em prol dos animais. Mas os animais não têm título de eleitoral, ainda que submissos, também, aos ditames da política. Você vai votar por eles, ou contra?
Texto de Marcio de Almeida Bueno
Fonte: ANDA
Por Alex Peguinelli

27 de setembro de 2012

“Compaixão” | Documentário faz pensar sobre nossa relação com algumas espécies de animais


Um breve mas poderoso documentário para todos os públicos 
Sem cenas fortes
O documentário australiano “Compaixão” nos leva a pensar sobre nossas atitudes diárias e, principalmente, sobre nossa relação com algumas espécies de animais. O filme reúne trechos de palestras de 2 grandes ativistas australianos.

Palestrantes do documentário
David Coles, ex-publicitário e locutor, hoje palestrante e escritor vegano.
Philip Wollen, ex-banqueiro vice-presidente do CitiBank, hoje Diretor da Windsome Constance Kindness Trust (conheça), ONG vegana.


Assista | Vídeo no Youtube | Baixar (.avi | 57mb)



Por Nathalia Mota