27 de setembro de 2012

“Compaixão” | Documentário faz pensar sobre nossa relação com algumas espécies de animais


Um breve mas poderoso documentário para todos os públicos 
Sem cenas fortes
O documentário australiano “Compaixão” nos leva a pensar sobre nossas atitudes diárias e, principalmente, sobre nossa relação com algumas espécies de animais. O filme reúne trechos de palestras de 2 grandes ativistas australianos.

Palestrantes do documentário
David Coles, ex-publicitário e locutor, hoje palestrante e escritor vegano.
Philip Wollen, ex-banqueiro vice-presidente do CitiBank, hoje Diretor da Windsome Constance Kindness Trust (conheça), ONG vegana.


Assista | Vídeo no Youtube | Baixar (.avi | 57mb)



Por Nathalia Mota

23 de setembro de 2012

1ª Bicicletada da Madrugada e 3ª Cãominhada

Quem é de Piracicaba e região não pode deixar de participar da primeira Biciletada da Madrugada. 

Com um itinerário que valoriza os aspectos urbanos, a ideia dessa bicicletada é de se tornar uma busca para se retomar o espaço urbano pertencente à população. Tudo que você precisa é pegar sua bike e se movimentar. 

No final do evento, haverá distribuição de um Sopão Vegano na praça para todos aqueles que participaram e quem mais se interessar. Esse evento vem para complementar a Semana da Mobilidade Urbana que aconteceu na cidade.

  

Além da Bicicletada da Madrugada, o V.I.D.A. irá participar da 3ª Cãominhada que ocorre no domingo (dia 30/09) em Piracicaba. 

Organizada pela Ong Vira Lata Vira Vida, que há mais de três anos está na luta diária por resgatar cães e gatos das ruas e destinar à eles um lar, a Cãominhada é um momento de interação entre os animais (humanos e não-humanos). 

O V.I.D.A. estará presente com cartazes e distribuição de panfletos que busca conscientizar a população para a extensão desse sentimento de compaixão e respeito, não só para os cães e gatos, animais domésticos, mas para todos os animais. Conscientização vegana abolicionista para que todos possam entrar em contado com a ideia de que os animais, como sujeitos de uma vida, são detentores de direitos intrínsecos. 


Não deixem de participar! 
Daremos voz aos sem voz!

Link para conhecer o trabalho da Vira Lata Vira Vida:

Por Alex Peguinelli

19 de setembro de 2012

“Os órfãos do leite” | Uma investigação sobre a indústria leiteira da América do Sul


No mínimo, você nunca mais vai consumir laticínios do mesmo jeito.

Em um excelente trabalho, a ONG chilena “Elige Veganismo” conseguiu reunir um material polêmico e inédito na América do Sul sobre a indústria do leite e seus derivados. Os ativistas chilenos se infiltraram como trabalhadores em mais de uma dúzia de pequenas, médias e grandes empresas de leite em seu país. O resultado de meses de gravação já era esperado mas, ainda assim, surpreende e choca.
O vídeo documentário que resume o trabalho da “Elige Veganismo” tem 30 minutos e pode ser assistido no Youtube. Nele, os ativistas contam as etapas da vida de vacas e seus filhotes nessa indústria.

Inseminação
Para ter leite, assim como uma mulher, uma vaca precisa estar “grávida” (ou prenha, como dizem). Para manter as vacas em um ciclo em que possam ser ordenhadas e exploradas, os criadores inseminam artificialmente estes animais. O processo é, obviamente, invasivo e estressante.

Mastites
Por serem constantemente ordenhadas por máquinas e consumirem rações que fazem com que a produção de leite cresça acima do normal da espécie, as vacas sofrem de doenças relacionadas a inflamações e inchaços dolorosos.

O nascimento das crias e a separação
Antes do nascimento das crias, as vacas são diariamente ordenhadas por máquinas para fornecer leite ao produtor. Quando nascem os bebês, os fazendeiros separam imediatamente os filhotes de suas mães. Os que não são mortos, choram pela presença de suas mães por até 20 dias. Estes são os órfãos do leite. As mães, por sua vez, continuam berrando por suas crias por dias.

Filhotes macho: morte. Filhote fêmea: exploração e morte
Se o filhote for macho, está fadado a receber uma injeção que o mata, pois simplesmente não tem valor comercial no ciclo da indústria do leite. Alguns deles são destinados à produção de vitela (tipo de carne branca apreciada como iguaria). A vitela, embora seja uma carne bovina, é considerada branca por ser deficiente em ferro. Os bezerros machos são criados amarrados e em uma dieta com zero de ferro para que sua carne se torne macia, com músculos pouco desenvolvidos. Este processo dura alguns meses e o bebê macho é morto enquanto ainda é um bebê. Portanto, a carne de vitela é branca e macia porque vem de um animal anêmico e que é forçado a ficar parado por toda sua pequena vida.
Se a filhote for fêmea, é encaminhada para outra área da fazenda onde vai crescer em espaços minúsculos para logo começar a ser inseminada e explorada como sua mãe foi e recomeçar o ciclo. Ainda bebês, têm seus chifres brutalmente impedidos de crescer: os fazendeiros passam uma espécie de pasta cáustica que faz com que as filhotes se contorçam de dor por horas. Nos chifres, estes animais têm milhares de terminações nervosas. Depois, um empregado esfrega um ferro quente na área para “matar” o chifre.

No final, o destino é o mesmo dos animais considerados “de corte”: o matadouro
Nas fazendas investigadas no Chile, a vida média das vacas leiteiras é de 5 anos. São 5 anos de dor, exploração e angústia. No final, elas simplesmente são descartadas como carne barata.

Padrão na indústria, inclusive no Brasil
Infelizmente, as cenas conseguidas nas mais de 12 fazendas visitadas no Chile não são casos isolados. Estes fatos apenas reforçam tudo que já havíamos visto em países europeus e norte-americanos. No Brasil, onde foram produzidos apenas em 2010 mais de 20 bilhões de litros de leite, os processos são parecidos. Muda o jeito de “descartar” o bezerro macho de uma fazenda para a outra, muda o tratamento para melhor ou para a pior aqui ou ali, mas a exploração é o foco do negócio e a crueldade é parte do manejo.

Infelizmente, nosso país é disparado o maior produtor de leite de vaca do mundo. O Brasil, sozinho, explora mais do que o dobro de vacas que toda a União Europeia somada, que vem em segundo lugar.

A investigação chilena deu origem a este site: www.huerfanosdelaleche.com


Por Nathalia Mota


13 de setembro de 2012

3 motivos para ser contra testes em animais


Cruel, arcaica e ineficiente: esta é a indústria bilionária dos testes em animais
São cada vez mais comuns as manifestações públicas e organizadas de repúdio aos testes em animais. Na Itália, milhares de pessoas foram às ruas e conseguiram fechar um biotério (lugar que “fabrica” animais) com mais de 2.500 cães da raça Beagle que seriam usados para testes farmacêuticos (lembre do caso). Aqui no Brasil, um forte grupo está organizado para protestar contra o Instituto Royal, localizado em São Roque-SP, que tortura atualmente cerca de 60 Beagles (lembre o caso). Logo após este grande protesto em São Roque que, segundo os ativistas, foi apenas o primeiro, o ativista e presidente da ONG VEDDAS George Guimarães falou por mais de 20 minutos ao vivo sobre o assunto na Record News (assista). Há anos, um vídeo documentário do Instituto Nina Rosa, de São Paulo, denuncia os testes em animais. O documentário chama-se “Não Matarás” e está disponível gratuitamente no Youtube (assista aqui). Estes são apenas alguns exemplos. Fica claro que não há mais espaço para este tipo de atividade na época em que estamos. Entenda:

1. Testes em animais são extremamente cruéis

Para testar drogas e insumos para a indústria, bilhões de animais – principalmente roedores, cães, gatos e primatas – são trancados em laboratórios anualmente e submetidos à práticas dolorosas. Inserção de substâncias tóxicas em seus olhos, inalação forçada de fumaça e implantação de eletrodos em seu cérebro são apenas algumas destas práticas. Via de regra, são utilizados animais de pequeno porte e dóceis, para facilitar o manejo dentro dos institutos de pesquisa. Neste cenário, a raça Beagle, infelizmente, se encaixa perfeitamente e são eles os preferidos dos vivisseccionistas (o que é um vivisseccionista?).

2. Testes em animais atrasam o desenvolvimento da ciência

Em todo o mundo, especialistas se dividem sobre o papel dos testes em animais no progresso científico. De um lado, há os que dizem que não há condições de haver novas descobertas importantes para a saúde humana sem este tipo de prática. Por outro lado, existe o grupo dos que dizem que os testes animais impedem que a ciência evolua, mantendo-a em um ciclo arcaico de práticas sem razão.
Um destes entusiastas do fim dos testes em animais é o médico norte-americano Ray Greek que, em 2010, disse à Revista Veja (leia):

“As drogas deveriam ser testadas em computadores, depois em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Empresas farmacêuticas já admitiram que essa será a forma de testar remédios no futuro.”

Ray afirma que os testes são uma falácia e que atrasam a ciência. Ele é voluntário para testes em humanos, desde que observados todos os pré-requisitos de segurança.

3. Testes em animais são ineficientes

Grupos de cientistas favoráveis à testes sem animais usualmente citam o lucro da indústria como principal causador de sua permanência no meio acadêmico e farmacêutico. Fica claro que há uma economia dependente dos bilhões de dólares investidos por ano neste mercado. Porém, este dinheiro não está sendo aplicado para o bem das pessoas.
O médico Ray Greek, ainda em entrevista à Revista Veja, em 2010, afirmou: “A indústria farmacêutica já divulgou que os remédios normalmente funcionam em 50% da população. É uma média. Algumas drogas funcionam em 10% da população, outras 80%. Mas isso tem a ver com a diferença entre os seres humanos. Então, nesse momento, não temos milhares de remédios que funcionam em todas as pessoas e são seguros. Na verdade, você tem remédios que não funcionam para algumas pessoas e ao mesmo tempo não são seguros para outras. A grande maioria dos remédios que existe no mercado são cópias de drogas que já existem, por isso já sabemos os efeitos sem precisar testar em animais. Outras drogas que foram descobertas na natureza e já são usadas por muitos anos foram testadas em animais apenas como um adendo. Além disso, muitos remédios que temos hoje foram testados em animais, falharam nos testes, mas as empresas decidiram comercializar assim mesmo e o remédio foi um sucesso. Então, a noção de que os remédios funcionam por causa de testes com animais é uma falácia.”


Se ainda assim você tem dúvidas, veja:
Denúncia feita em 2009 pela PETA, ONG norte-americana, contra a indústria de alimentos para pets IAMS (Eukanuba). No vídeo abaixo, cenas dos experimentos feitos em cães da raça Beagle.

ATENÇÃO! Cenas fortes.


Há alternativas
Estudante, não quer matar animais em seu curso? Conheça a objeção de consciênciawww.1rnet.org/objetando.htm.

Consumidor, saiba o que coloca no carrinho e como foi produzido. O site PEA (Projeto de Esperança Animal) mantém aquela que é hoje a lista mais atualizada de empresas brasileiras que testam e de empresas que não testam em animais (consulte). Certamente, vai ajudar você a fazer melhores escolhas. Caso o produto em que você está interessado seja importado ou de uma empresa multinacional, acesse a lista mundial da PETA, aqui.
Manifeste-se, ainda que seja em um e-mail ou telefonema para a empresa que fabrica seu produto favorito. Eles precisam saber que você não concorda com testes em animais. Assim, ou eles se adaptam ao novo mercado, ou o mercado descartará os produtos deles.

Acesse e divulgue: www.vista-se.com.br/testes


Por Nathalia Mota


9 de setembro de 2012

IX Verdurada Piracicaba


Semana que vem acontece a nona edição da Verdurada Piracicaba. 

Evento com várias bandas, um bate papo sobre as diferentes maneiras de atuar na sociedade, no qual o V.I.D.A. irá participar e, o mais importante de tudo, um jantar VEGANO no final do evento!

Compareçam! Levem seus familiares e amigos!
 

https://www.facebook.com/events/294345560672275/

6 de setembro de 2012

Escassez de água X Consumo de carne


Para conseguir alimentar mais dois mil milhões de pessoas no planeta em 2050 com a água que existe, a dieta alimentar ocidental vai ter de mudar radicalmente, prevê o relatório de cientistas do Instituto Internacional da Água de Estocolmo, divulgado na abertura da Conferência da Semana Mundial da Água.


Citado pelo jornal inglês Guardian, este relatório liderado pela cientista Malin Falkenmark, conclui que "não vai haver água nas plantações que seja suficiente para a população esperada de nove mil milhões de pesoas em 2050, se continuarmos a seguir as atuais tendências e mudanças na alimentação que são comuns aos países ocidentais".

O relatório prevê que nessa altura "só haverá água suficiente se a proporção de produtos alimentares de origem animal for limitada a 5% do total das calorias e se os consideráveis défices de água regionais tiverem resposta ao nível de um sistema de comércio alimentar de confiança". Hoje em dia, cerca de 20% das proteínas na alimentação humana são de origem animal, o que obrigaria a uma alteração substancial do regime alimentar nos próximos 40 anos.

"Com 70% do total de água disponível a ser canalizado para a agricultura, produzir mais comida para alimentar mais dois mil milhões de pessoas em 2050 vai aumentar a pressão na água e terra disponíveis", acrescenta o relatório, que recorda que "900 milhões de pessoas já estão a sofrer a fome e dois mil milhões estão mal nutridas, isto apesar da produção alimentar per capita continuar a aumentar".

"As Nações Unidas prevêem que temos de aumentar a produção alimentar em 70% em meados do século. Isto vai pressionar ainda mais nos nossos recursos de água que hoje já estão sob pressão, numa altura em que temos de canalizar mais água para satisfazer a procura crescente de energia – cujo crescimento esperado nos próximos 30 anos é de 60% – e gerar eletricidade para os 1300 milhões de pessoas que não a têm hoje", explica este relatório citado pelo Guardian.

O estudo é revelado numa altura em que as Nações Unidas discutem a preparação para a segunda crise alimentar no espaço de cinco anos. As secas registadas nos Estados Unidos e na Rússia, aliada às fracas monções asiáticas e à especulação financeira sobre matérias-primas alimentares, estão a fazer disparar os preços do trigo e do milho e os países mais afetados serão os que mais dependem da importação dessas matérias-primas. Em 2008, uma situação semelhante fez regressar a fome a várias regiões do planeta, tendo ocorrido motins em dezenas de países.

Fonte
Por Nathalia Mota